quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Uma Vida...


Em cada ruga minha uma etapa de vida passada.
Vou-me abaixo pensando em todos os maus momentos vividos, momentos nada fáceis, mas que fizeram de mim a mulher dura e valente que sou hoje.
Cada ruga minha é como uma medalha de reconhecimento por cada batalha ganha nesta vida rica de experiências, esperança, desejos…
Por vezes, perdida na sombra do medo, tento mostrar-me sem qualquer pudor para que me possam ver tal e qual como sou.
Questiono-me constantemente sobre tudo o que fiz nesta vida e tudo o que me fizeram.
Será que tudo isso valeu a pena?
Fugi de sentimentos com medo de não os conseguir viver plenamente porque nada é vivido na sua plenitude, tudo acaba.
E, por causa desses medos, perdi o que poderia ter sido a minha única razão de viver - um grande amor.
Consegui aguentar-me, afirmando-me este tempo todo perante tudo e todos, sem nunca mostrar a minha “capa”, a qual, sem ela, não poderia abafar o “grito profundo” que vinha da minha alma.
Mesmo assim orgulho-me de nunca ter deixado de ser uma guerreira ainda que muitas vezes as batalhas por mim travadas me tivessem trazido muitos dissabores – amores perdidos, amizades perdidas, que julgava estarem comigo em todas as frentes desta vida.
Quando me for embora quem ficará comigo na memória?
Na memória de quem ficarei Eu?

Entra por essa porta agora.. e diz que me Adora!"



Adriana Calcanhoto - "Vambora"

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Debruçada na minha janela


Debruçada na minha janela penso em ti.
Perdi o balanço,
Amando o que era dor, naquele ardor de vida!
Voei, sem parar
Pelo ar que esmaga, sufocando as palavras sentidas no meu peito.
Sem jeito toco-te.
Recordo-te numa aflição,
Com medo de não reter uma lembrança tua.
Caio no meu EU
Sem saber se alguma vez fui verdadeiramente tua.
Passo despercebida.
Vejo-me embebida num culminar de emoções, sentimentos…
Só sei que em todos os momentos fui sempre tua.

Ai que saudades da minha alegre infância...

Num Domingo de família, lá estávamos nós a ver o programa “Chamar a música” que passa na SIC e é apresentado pelo o humorista (dizem alguns…) Herman José.
Não que eu tenha nada contra ele, mas convinhamos…já perdeu muito com as suas ditas piadas, as quais já nem fazem rir um defunto.
Por isso até questiono por onde andará aquele homem fantástico que nos alegrou, e muito, nas suas séries televisivas nas décadas de 80 e 90?
Estava eu a dizer... que durante este programa, onde o objectivo é saber a letra de de algumas músicas começámos a relembrar e a cantarolar letras de velhas músicas. Quando uma das concorrentes teve que completar a letra da música que fazia a abertura da MARAVILHOSA série brasileira de todos os tempos: “Sítio do Picapau-amarelo" foi o delírio total (meu e da minha irmã).
Foi neste momento que fiquei deliciada ao ouvir aquela música fantástica, cantada por Gilberto Gil, que logo me fez voltar à minha velha infância!
Ai que nostalgia!!!
Lembro-me que em criança cantava a música de trás para frente e de frente para trás sem nunca me enganar!
Lembro-me da magia que era ver aquele conjunto de actores fantásticos que nos conseguia embrenhar num mundo de fantasia e magia que desejávamos nunca acabar!
Lembro-me do Pedrinho, Narizinho, a Emília (boneca de trapos), tia Nastácia, a avó Benta, a Cuca, o Sassi…enfim!
Para que possam relembrar, aqui fica a música da série “Sítio do Picapau-amarelo.