sexta-feira, 23 de maio de 2008

Para a minha amiga "Maria"




Querida espero que esta foto te traga alguma paz de espírito, tranquilidade nesta inquietude de vida.

Espero que a mesma, com o cherinho a maresia subentendido, te traga de volta bem disposta, como sempre, e totalmente recuperada!

Beijinhos

terça-feira, 20 de maio de 2008

Madalena




Madalena é seu nome, seu nome verdadeiro.
Não o usa porque acha que é demasiado íntimo para o fazer.
Madalena é prostituta. Vende o seu corpo desde a puberdade. Enveredou por esta vida por opção. Gosta do que faz!
Seu pai era um homem rude, nada instruído. Mal sabia escrever o seu primeiro nome. Tinha muitos vícios e trabalhar não era com ele. Adorava passar os dias no bar de alterne mesmo ao lado da sua casa. Dava tudo para por uma geladinha e por uma rapidinha com uma das meninas que lá moravam.
Madalena era a mais nova de cinco irmãs. Era muito sonhadora, talvez porque perdera a mãe muito cedo. As irmãs mais velhas trabalhavam para ajudar no sustento da casa e Madalena ficava muitas vezes sozinha.
Como era muito bonita e engraçada, as “meninas” do bordel chamavam-na e deixavam-na estar ali com elas durante as limpezas e a preparação do salão para mais uma noite.
Como é do conhecimento de todos, as mulheres da América do Sul são “muito calientes” e estas que trabalhavam neste bordel não eram excepção. Passavam as manhãs a limpar e a arrumar os seus quartos.
Durante estas lides, grande parte das “meninas” gostavam de usar roupas extremamente reduzidas, outras só usavam lingerie.
Gostavam de provocar, de mostrar, de competir umas com as outras as curvas dos seus corpos.
Cada uma delas tinha o seu quarto. Todos os quartos eram grandes. Todos eles tinham uma enorme janela com cortinados compridos arrastando pelo chão de um rosa transparente.
Lá ao canto estava uma grafonola onde aquela música cubana teimava em não sair daquelas paredes.
Era nestes quartos que os homens eram seduzidos e onde o sexo deixava de ter qualquer tipo de pudor e/ou preconceito.
Durante a sua infância e parte da adolescência, Madalena conviveu com estas mulheres presenciando variadíssimas situações. Talvez por isso tenha tido, desde sempre, a curiosidade e até a vontade em experimentar este tipo de vida.
Madalena, agora mulher na casa dos trinta, não se arrepende do que faz. Gosta de provocar e ser provocada. Gosta de sexo e de homens. Não sabe e nem quer viver de outra forma. Tudo naquela casa e nesta sua vida a fascina .
O seu quarto é semelhante aos que viu naquela mesma casa há alguns anos atrás quando era ainda uma criança inocente. Não o alterou em nada, apenas colocou um cadeirão vermelho aveludado onde se senta de vez em quando para reflectir nesta sua vida fácil, mas sedutora.
Todos os homens gostam dela e ela sabe que é a predilecta deles.
Dona de um corpo escultural e de uma personalidade vincada faz de tudo para conseguir ser feliz. Deixa que a alegria do pecado tome conta dela.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Quando a gente gosta é claro que a gente cuida!

Não deixem de cuidar do que mais gostam!
Se algo ou alguém nos dá prazer e alegria nada como aproveitar e cuidar para que o sentimento e a atenção sejam recíprocos.


See you in heaven...



Despregada da vida deixa de raciocinar logicamente.
Tudo deixou de ter sentido. Embrenha-se na escuridão procurando estar sozinha consigo mesma.
Desacreditada da vida não quer viver a mesma.
Toma a “fácil” decisão de querer deixar de viver. A vida é sua e dela ninguém depende, só ela própria.
Recorda, pela última vez, alguns momentos da sua vida. Fuma o seu último cigarro segregando todas as partículas nele existente como das suas lembranças se tratassem.
Não chora porque deseja que a sua vida, que até então foi um tormento, acabe.
Sente que tem que acabar porque está cansada de ser infeliz.
Dirige-se para o quarto. Divisão pequena, aquele quarto, e nada acolhedor por sinal.
Deita-se na sua cama alta e desconfortável. Pega naquele frasco cheio de comprimidos, coloca-os na boca e... fecha os olhos.
Sente agora uma paz inabalável. Pressente que os seus tormentos e aflições deixarão de existir, deixarão de perturbá-la.
Tem no pensamento que agora será feliz!

Que paz é esta pela qual esperamos e desejamos?

Que vontade é esta de querer partir sem conseguir encontrar a felicidade?

Nunca ninguém disse que a vida só oferecia coisas boas. A vida é uma luta constante onde os mais fracos cedem.

Hmmm...




Não o pode ter mais.
Deseja-o mas não o pode ter.
Vive um amor proíbido do qual não se quer afastar.
Luta para não o ter, mas não resiste.
Insiste em amá-lo loucamente, porque é uma mulher de paixões, mas não o deve!
Sente a sua presença em cada ausência sua.
Deseja-o.
Vibra quando o vê. Todo seu corpo flameja trazendo à lembrança todos os minutos passados com ele.
Deseja-o .
O cheiro da sua pele já faz parte da pele dela. Ambas se fundem, confundem.
Não o pode querer mais, mas não o consegue largar.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

A passagem...



Deliciada pela vida que agora a consome.
Luta quase anímica luta para se manter nesta vida.
Com medo...pede para não lhe darem outra.
Quer ficar com esta. Quer voltar ao que era dela.
Quer rir novamente.
Quer sentir o aconchego dos seus familiares.
Quer ouvir as gargalhadas dos seus amigos e estar presente naqueles serões que pareciam não ter fim!
Numa luta constante e desenfreada para conseguir sobreviver recorda todas as passagens da sua vida. Parecem parte de um filme fragmentado.
Sabe que vai morrer. Está cansada mas não quer desistir. Ainda consegue raciocinar qualquer coisa, mas...
Percebe agora que tem que partir. Deixa de resistir. Sua alma se desprende daquele corpo que lhe deu vida.
Não sabe para onde vai, mas logo encontra algo ou alguém que a encaminha.
Espera ansiosamente por uma outra vida lá do outro lado, seja ela que lado for. Deseja que a dor seja menor e que o amor abunde.
Para onde vamos nós quando partimos deste mundo?

terça-feira, 13 de maio de 2008

Pegadas...


Perco-me na magia do meu ser...

Questiono-me: Que ando por esta vida a fazer...

Quero encontrar parte de mim que desocupa este corpo que tanta revolta me causa.

Quero sentir-me viva, segura!

Quero sentir o chão que piso e não deixá-lo fugir.

Gostaria que o tempo assumisse a posição de "slow motion" porque o tempo não se deixa agarrar!

Quero tanta coisa... e tenho tanta coisa... mas acho que não tenho tudo!








sexta-feira, 9 de maio de 2008

Caminhos tortuosos...


Vidas que se cruzam...
Vidas feitas, desfeitas, refeitas;
Amores loucos, desenfreados, correspondidos, traídos;
Ventos que se deslocam levando consigo toda uma panóplia de sentimentos que se misturam, se fundem, confundem ou simplesmente desaparecem!
Reflectem nos outros os sabores, dissabores de uma vida completa, incompleta...
Traz consigo um caminho tortuoso, manhoso...mas oferece a todos o livre arbitrio!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

My sweet love...



Olhas e logo estremeço!
Sinto uma vontade louca de te amar!
Amor este que me Consome a alma e solta o meu tormento!
Sinto o amor louco e desenfreado,
Pensando que este amor não acabará!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Pára!


Páro e penso...
Não consigo parar de pensar e isso, por vezes irrita-me!
Quantas vezes quero estar sossegada no meu canto, tentando bloquear os meus pensamentos, para que nada atrapalhe os meus momentos calmos e tranquilos, mas eles teimam em entrar por entre as frechas existentes.
Não consigo parar de pensar.
Penso em tudo e em nada. Tudo serve para preencher este cérebro cansado de tudo e de nada com pensamentos alguns importantes outros nem por isso!
Muitas vezes, atrapalham-se, atropelam-se e o resultado é uma grande dor de cabeça e uma desorientação profunda naquilo que queremos ou desejamos fazer!
Sinto necessidade de não pensar. Quero sentir a liberdade mental, conseguir bloquear parte das preocupações e tudo o que há de negativo da vida! Quero ser eu a controlar o meu cérebro e não o contrário!