quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Uma Vida...


Em cada ruga minha uma etapa de vida passada.
Vou-me abaixo pensando em todos os maus momentos vividos, momentos nada fáceis, mas que fizeram de mim a mulher dura e valente que sou hoje.
Cada ruga minha é como uma medalha de reconhecimento por cada batalha ganha nesta vida rica de experiências, esperança, desejos…
Por vezes, perdida na sombra do medo, tento mostrar-me sem qualquer pudor para que me possam ver tal e qual como sou.
Questiono-me constantemente sobre tudo o que fiz nesta vida e tudo o que me fizeram.
Será que tudo isso valeu a pena?
Fugi de sentimentos com medo de não os conseguir viver plenamente porque nada é vivido na sua plenitude, tudo acaba.
E, por causa desses medos, perdi o que poderia ter sido a minha única razão de viver - um grande amor.
Consegui aguentar-me, afirmando-me este tempo todo perante tudo e todos, sem nunca mostrar a minha “capa”, a qual, sem ela, não poderia abafar o “grito profundo” que vinha da minha alma.
Mesmo assim orgulho-me de nunca ter deixado de ser uma guerreira ainda que muitas vezes as batalhas por mim travadas me tivessem trazido muitos dissabores – amores perdidos, amizades perdidas, que julgava estarem comigo em todas as frentes desta vida.
Quando me for embora quem ficará comigo na memória?
Na memória de quem ficarei Eu?

1 comentário:

Maria disse...

Como se pode deixar fugir o amor? E fugir para quê?
Andamos parte do nosso tempo a fugirmos de nós próprios? será que vale a pena?
Beijos.